Hoje eu parei para contar as mágoas, para colocar e números meu ressentimentos.
Fiz uma lista de desistências. Enumerei meus fracassos, frustrações e decepções que colecionei quando resolvi que inutilmente ia te moldar para encaixada-te de vez a mim.
Fiz da froma mais certa que pude:
Reli todas as cartas de amores , todas aquelas cartas ridículas por serem de amores. Circulei as mentiras, marquei as meias verdades, grifei as meias mentiras e reli tudo de novo. Historias que tomei um dia como roteiro e de vida.
Senti cada foto que vi, contemplei cada segundo de felicidades plenas que foram eternizadas depois do flash. Eternidades funestas, já não rio mais ao lembrar das mesmas situações.
E todos aqueles presentes: ursinhos de pelúcia em que dormi abraçada, "fingindo" que fosse você; As flores que deixei secar dentro de livros; as embalagens de doces que comi suspirando e guardei, certa de que duraria para sempre.
E as filipetas, os canhotos das peças, ingresso de shows, as notas do cinema, dos filmes de amores que não eram maiores que o nosso.
Reencontrei com os amigos, como todos eles:
- amigos que deixei de lado;
- amigos que fizemos juntos;
- amigos que não me permiti conhecer.
Depois de tudo pensado, fui no que deixei de lado: a tua familia, o ciúme que me consumia, as brigas, e mais brigas, e todos os beijos, carinhos, afagos, e as noite em que ambos se completavam.
Ao fim do meu balanço
Você não tinha dividas
Não sobrou nada em juros
Para eu poder lhe cobrar
Talvez as nota fosses frias e o amor que eu sentia que não me permitia notar.
De certo paixão não é negocio em que se deve apostar.
Não posso ligar, não tem atendente que me deixe trocar.
E amor ainda que não mercadoria, tem seu prazo de validar.
Ainda que em todas as horas, aqui você parece estar...