quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

22/10/2009



Você transformou a tua dor em armadura
E foi tão fiel a teu sentimento
Que sofreu sentindo sozinho
A dor de um coração que murcha vazio

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Breve Desabafo


Ando muita cansada para continuar guardando por ti tanto rancor.


E se eu quebrasse esse pacto social?
E se eu atirasse ao fogo todas as minha convicções?
E se dai em diante não mais controlasse minhas implosões sentimentais?
E se, a partir de hoje, eu soubesse me guiar pelo teu modo mais fácil de possibilitar o impossível?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Com a Licença Poética


Conjurarei o verbo ausência
sem ti na minha pessoa.

Eu nada
Tu distante
Ele tenta
Nós *verbo defectivo


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Em-cômodo.


O respeito com que me trata
O desejo retido com que tanto me olha
O vício de que você se abstém
Tudo em você me causa atração

Acho que você não 'curte' minha velha infância
Ignora meus sorrisos
E me responde com essa simpatia besta

Por aviso de pressa
Para de Doce, Meu Menino
Se entrega à vontade
E adoça com sua calma meu destino

domingo, 3 de janeiro de 2010

Apoteose do Ser Antropo





Tu és exemplo bom, do belo jovem que acredita ser Deus.
Tendo tuas certezas de que podes salvar o mundo.
Crias teu jeito, defines tua malícia, descobres tua forma.
Pois vai doer.
E depois de cada queda, nada que cama [pós-banho], não cure.
E quando acabar a noite dos homens, abres teus olhos e deixes acordar o Deus que habita teu peito.



Sempre fui corrompida por 'Estes', que cheios de manias, crêem ser Deuses.
E eu acredito!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ironias à parte:


A ironia obedece ao código desobedecendo-o.

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem...

Fernando Pessoa